sexta-feira, maio 04, 2012

"Portugal será próximo avanço contra o aborto"



Ativistas pró-vida dos Estados Unidos e outros países concentram-se na próxima semana em Lisboa, em defesa de um referendo que acreditam poder levar a uma proibição do aborto na Constituição, tal como acontece na Irlanda.
"Acho que Portugal pode ser próximo país a respeitar o direito à vida, desde o momento da conceção até à morte natural", disse à Lusa em Nova Iorque Josh Craddock, coordenador internacional da associação "Parenthood USA" ("Paternidade EUA"), responsável pelo evento em Lisboa.
Promovendo legislação e emendas constitucionais contra o aborto em todos os casos, mesmo de malformação do feto ou violação, a associação de origem cristã está representada em todos os Estados norte-americanos e ligada a uma rede internacional pró-vida.
"Não nos compete a nós julgar as qualidades de vida de alguém e determinar se devem viver ou morrer. Achamos que todos têm o direito fundamental à vida, desde a conceção", afirma.

Entre 4 e 5 de Maio, o evento de Lisboa, organizado pela Parenthood USA, Human Life International» e o LIfeSiteNews.com, irá juntar ativistas norte-americanos, portugueses, da Republica Dominicana, Hungria, México, Roménia e Irlanda.

É também uma forma de apoiar os ativistas portugueses, que têm vindo a tentar lançar um referendo nacional sobre a questão, tendo recolhido quase metade das 75.000 assinaturas necessárias.
"Ouvimos falar da campanha deles aqui nos Estados Unidos e é muito semelhante ao que fazemos, temos também iniciativas para recolher assinaturas para acrescentar emendas constitucionais para proteger vida no momento da conceção", afirma o responsável da Parenthood.
Craddock aponta como sucessos recentes do movimento a nova constituição na Hungria, que entrou em vigor a 1 de Janeiro, que afirma que "a vida de um feto será protegida desde o momento da conceção", a Polónia que "está a alguns votos de banir completamente o aborto", a nível constitucional, mas também "enormes manifestações" pró-vida na Roménia.

O jovem norte-americano afirma mesmo que o movimento pró-vida para "reconhecer os direitos de todos os seres humanos" vai "mudar o curso do século", tal como a abolição da escravatura há 200 anos.
Keith Mason, Presidente da Personhood USA, afirma que "esta cimeira global pró-vida é uma oportunidade para crescer e estabelecer parcerias na defesa da vida humana."
"O movimento internacional pró-vida é normalmente menosprezado e não detém muitos lugares de poder. Mas falamos a linguagem das pessoas, especialmente nos países em vias de desenvolvimento, precisamente aqueles que se encontram na encruzilhada do controlo populacional massivo", acrescenta Stephen Phelan, da "Human Life International".

Noticia DN, ver aqui