Qual é portanto a natureza do que acontece numa Jornada Mundial da Juventude? Que forças que agem nela?
Análises em voga tendem a considerar estas jornadas como uma espécie de festival rock em estilo eclesial com o Papa como estrela.
Há também vozes católicas que avaliam tudo como um grande espectáculo, até bonito, mas de pouco significado para a questão sobre a fé e sobre a presença do Evangelho no nosso tempo.
Seriam momentos de caloroso êxtase, mas que afinal de contas deixariam tudo como dantes, sem influenciar de modo mais profundo a vida.
Porém, dessa maneira a peculiaridade daquelas jornadas e o carácter particular da sua alegria, da sua força criadora de comunhão, fica sem explicação alguma.
O Papa não é a estrela que concenttra tudo à volta de si.
Ele é total e unicamente Vigário. Remete para o Outro que está no nosso meio.
A Liturgia solene é o centro do conjunto, porque nela acontece o que nós não podemos realizar e de que, contudo, estamos sempre à espera. Ele está presente. Ele vem para o meio de nós. O céu rasga-se e a terra fica cheia de luz.
É isto que torna feliz e aberta a vida e une uns aos outros numa alegria que não é comparável com o êxtase de um festival rock.
Nietzsche certa vez disse: "A habilidade não consiste em organizar uma festa,
mas em encontrar as pessoas capazes de sentir alegria nela".
Segundo a Escritura, a alegria é fruto do Espírito Santo.