O sonho…
Sentir a tua pele nas minhas mãos...
Seda ...
Perder-me nos teus olhos.
Sentir o cheiro das florestas encantadas de desejos e histórias profundas e belas.
De olhos fechados, sempre de olhos fechados,
solta-se um sorriso nos meus lábios,
fruto da minha emoção...
Um simples toque e sinto, surgem tantos mundos, tantas sensações...
Num simples toque, o universo, parece infimo.
Eu pequena particula de alma sorriso, apenas um sopro de existencia...
Encontro-me num espaço só nosso.
De olhos abertos...
Descobrir novos mundos, novas imagens de criação.
Reinventar, desenhar imagens em paredes de tempo invisiveis.
Conseguir captar os cheiros, odores e emoções.
Histórias de tempos recondidos, escondidos e encontrados,
Tratá-los como tesouros...
Mensagens de beleza éterea, a pairar sobre as nossas cabeças.
Sinto-me ...sinto-te...sem te tocar.
Apenas um olhar felino, que se cruza de relance na noite...
Os teus olhos, que deslumbram os meus.
Uma imagem, não é apenas uma imagem.
Abraçada a ti...apenas para sentir o teu calor.
O conforto dos teus braços, a segurança que me dás,
Mesmo na escuridão,
Não nos perdemos da luz.
Não tenho medo das palavras,
Não tenho medo das sombras.
A luz vive agora dentro de mim, de ti!
Eu acendo o archote e tu caminhas ...
Sempre que dás um passo, acendes uma chama.
Olha agora!
Vês o caminho de luz que criaste?
Um dragão de fogo desenhado, na imensidão da noite.
Os lobos uivam,
As sombras dançam, em tons de azul.
São livres para seguir o seu caminho.
O azul e o vermelho, o verde e o castanho...
Degradé uma paleta de cores.
Este é o momento em que os mundos fluem e se libertam.
Sou floresta e mar.
És terra e fogo.
O prazer de sentir, sem medo que o mundo nos caia em cima.
O prazer de sentir, as horas como se fossem minutos.
Não existe tempo, nem espaço...
Existe a noite que nasce em ti e desagua em mim.
A lua espreita por entre as cortinas de nuvéns e brinda-nos com a sua magnitude.
A lua testemunha da nossa humilde criação...
Apenas a lua pode contar a nossa história:
A mais bela obra do mundo, que se chama, amor.
Texto Margarida Louro
Foto Margarida Louro 2009