sexta-feira, novembro 27, 2009

Às sextas .... com a Margarida


O sonho…

Fechar os olhos...

Sentir a tua pele nas minhas mãos...

Seda ...

Perder-me nos teus olhos.

Sentir o cheiro das florestas encantadas de desejos e histórias profundas e belas.

De olhos fechados, sempre de olhos fechados,

solta-se um sorriso nos meus lábios,

fruto da minha emoção...

Um simples toque e sinto, surgem tantos mundos, tantas sensações...

Num simples toque, o universo, parece infimo.

Eu pequena particula de alma sorriso, apenas um sopro de existencia...

Encontro-me num espaço só nosso.

De olhos abertos...

Descobrir novos mundos, novas imagens de criação.

Reinventar, desenhar imagens em paredes de tempo invisiveis.

Conseguir captar os cheiros, odores e emoções.

Histórias de tempos recondidos, escondidos e encontrados,

Tratá-los como tesouros...

Mensagens de beleza éterea, a pairar sobre as nossas cabeças.

Sinto-me ...sinto-te...sem te tocar.

Apenas um olhar felino, que se cruza de relance na noite...

Os teus olhos, que deslumbram os meus.

Uma imagem, não é apenas uma imagem.

A luz...

Abraçada a ti...apenas para sentir o teu calor.

O conforto dos teus braços, a segurança que me dás,

Mesmo na escuridão,

Não nos perdemos da luz.

Não tenho medo das palavras,

Não tenho medo das sombras.

A luz vive agora dentro de mim, de ti!

Eu acendo o archote e tu caminhas ...

Sempre que dás um passo, acendes uma chama.

Olha agora!

Vês o caminho de luz que criaste?

Um dragão de fogo desenhado, na imensidão da noite.

Os lobos uivam,

As sombras dançam, em tons de azul.

São livres para seguir o seu caminho.

O azul e o vermelho, o verde e o castanho...

Degradé uma paleta de cores.

Este é o momento em que os mundos fluem e se libertam.

Sou floresta e mar.

És terra e fogo.

O prazer de sentir, sem medo que o mundo nos caia em cima.

O prazer de sentir, as horas como se fossem minutos.

Não existe tempo, nem espaço...

Existe a noite que nasce em ti e desagua em mim.

A lua espreita por entre as cortinas de nuvéns e brinda-nos com a sua magnitude.

A lua testemunha da nossa humilde criação...

Apenas a lua pode contar a nossa história:

A mais bela obra do mundo, que se chama, amor.

Texto Margarida Louro

Foto Margarida Louro 2009