Desde
sempre que o ser humano migrou a cultura, incluindo a música, e é precisamente
a junção de culturas que tem originado novas formas musicais.
A
colonização contribuiu muito para esta diversidade cultural, em que os escravos
africanos, transportados para a América por países europeus tais como Espanha,
Portugal, Inglaterra e França, deixaram marcas nomeadamente através dos ritmos
que traziam de África.
A
percussão faz parte integral do dia-a-dia em África, onde se crê que tem
poderes espirituais, de cura e de afectar positivamente a energia e as emoções
humanas. É uma forma de comunicação e entretenimento e passou a integrar as
novas sociedades para onde os escravos foram transportados.
Se
repararmos, hoje em dia, grande parte da música que ouvimos é influenciada por
este acontecimento: Rock, R&B e Jazz
(Estados Unidos); Bossa Nova e Samba (Brasil); Salsa (Cuba, Porto Rico, Nova
Iorque), Regee (Jamaica); Calypso (Trinidade) pois todos eles têm na sua
origem, ritmos africanos.
Em
particular, os ritmos no Oeste de África transmitem um sentimento especifico e
bastante dançável e, usando um termo mais técnico, apresentam um compasso 6/8.
O jazz e o blues são exemplos de formas musicais que têm na sua origem estes
ritmos.
Em
Cuba, estes tipos de ritmo são chamados de “Bembe” e são integralmente
africanos, quer em estilo, quer em instrumentação. A verdadeira raiz destes
ritmos está na Nigéria, nas tribos “Yoruba”, uma vez que foi deste país que
veio a maior parte da população africana para Cuba.
Aqui
fica um link onde é possível ver esta forma musical tão pura e de uma forma
completa (ritmo, dança e canto):