Vim ao Brasil de férias e aproveitei para rever alguns amigos. Um destes meus amigos contou-me uma fantástica fábula, de um autor desconhecido, que relata a história de um tigre, um burro e um leão.
“Conta-se que certa vez o tigre e o burro estavam a discutir sobre a cor da relva. O tigre dizia que a relva era verde, o burro insistia que era azul. Em dado momento os ânimos ficaram exaltados e quase partiram para uma mútua agressão física. Resolveram, então, ir consultar o leão, o rei da selva.
Entramos em pré-campanha eleitoral, momento em que os
candidatos a cargos governamentais, mentem, criam falácias em busca de votos
dos eleitores, fazem falsas promessas iludindo os incautos e os gananciosos. É
uma fase crítica para a economia do país, onde quase tudo se promete, mesmo que
em muitos casos seja impossível.
Na fábula, se o tigre tivesse ficado em silêncio, e não
entrasse em discussão com o burro, certamente não receberia o castigo que lhe
foi imposto pelo rei leão. Por outro lado, se tivesse tido a posição de
enfrentar o seu adversário e fazer-se ouvir antes da sua manifestação perante o
leão, iria assegurar uma vantagem competitiva, mas seria esta última decisão a
mais acertada?
Como dizia Mark Twain: “a abelha trabalha na escuridão, o
pensamento trabalha no silêncio e a virtude no segredo”.
Nesta campanha eleitoral, não se deixe enganar e leia os
programas eleitorais. E se encontrar pelo caminho alguém que acha que a relva é
azul, não perca tempo e energias com essa pessoa, vá em frente, pense pela sua
cabeça e procure sempre a verdade.