sexta-feira, novembro 02, 2018

Oito em 10 portugueses acreditam em Deus e mais de um terço rezam todos os dias



São 83% os portugueses que acreditam em Deus e mais de 1/3 rezam todos os dias, refere um relatório divulgado segunda-feira pelo centro de análise de dados norte-americano Pew Research Center e veiculado no mesmo dia pelo jornal “Público”.

 No que concerne à crença em Deus, a investigação mostra que Portugal se distingue dos países da Europa Ocidental, estando mais próximo, em vários parâmetros, de estados do Centro e Leste do continente. «Portugal é apresentado como o único da Europa Ocidental onde “mais de três em cada dez pessoas inquiridas (44%) manifestam ter a certeza absoluta de que Deus existe”» (38% não assumem a mesma certeza “absoluta”), escreve a jornalista Ana Dias Cordeiro. Arménia (79%), Geórgia (73%), Bósnia (66%), Roménia (64%), Grécia (59%), Sérvia (58%), Croácia (57%), Moldávia (55%) e Polónia (45%) são os nove países em que a percentagem de inquiridos que dizem acreditar, de forma «absoluta», que Deus existe supera a percentagem obtida em Portugal.

A pesquisa foi realizada com 56 mil adultos, em 34 países da Europa Central, Ocidental e do Leste, entre 2015 e 2017. Em cada país foram questionadas cerca de 1400 pessoas. Os resultados revelam que «36% dos inquiridos em Portugal (onde 77% da população cristã diz identificar-se predominantemente com o catolicismo) assumem a religião como “muito importante nas suas vidas” e 37% dizem que rezam todos os dias».

A Grécia é o país onde mais pessoas dizem que a religião é importante na vida delas (55%), encontrando-se, no extremo oposto, a Dinamarca, República Checa e Estónia, (entre 6% e 8% dos inquiridos referiram essa importância). «Portugal aparece ainda entre os dez países onde as pessoas mais dizem que a religião “é uma componente importante da sua identidade nacional”. Afirmam-no 62% das pessoas inquiridas», assinala o artigo.

As diferenças entre os “blocos” central e oriental da Europa relativamente ao Ocidente (nestes casos incluindo Portugal) refletem-se igualmente noutras questões consideradas na pesquisa, como a aceitação de um muçulmano na família, a posição quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e a interrupção voluntária da gravidez.

Fonte:Jornal Público