sexta-feira, novembro 18, 2016

Bons exemplos : Pessoas excluídas ocuparam primeiras filas em concerto no Vaticano



Algumas das músicas mais conhecidas de Ennio Morricone, compositor italiano vencedor de dois Óscares, foram interpretadas este sábado, no Vaticano, diante de uma audiência que incluiu centenas de pessoas excluídas socialmente, sentadas nas primeiras filas.

Os restantes convidados foram incentivados a fazer doações em prol da construção de uma nova igreja em Moroto, Uganda, e uma escola agrícola no Burkina Faso, revela a Rádio Vaticano. A iniciativa, integrada no Jubileu da Misericórdia para pessoas socialmente excluídas, que decorreu nos últimos dias no Vaticano, contou com a participação da orquestra “Roma Sinfonietta” e os coros da Academia Nacional de Santa Cecília e da diocese de Roma. Os agrupamentos foram regidos por Morricone e também por monsenhor Marco Frisina, diretor do Coro da Diocese de Roma, que dirigiu a execução de algumas composições religiosas, também suas.

Morricone, de 88 anos, estreou uma nova composição, “God, one of us”, tendo conduzido os músicos em alguns dos seus mais conhecidos trechos de bandas sonoras de filmes, como “A missão”, de Roland Joffé, reporta a Reuters Esta segunda edição do “Concerto para a Caridade”, organizado pela ONG “Nova Opera”, pela diocese de Roma e pelo Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, entre outros organismos, marca as últimas celebrações do Jubileu Extraordinário, que se conclui a 20 de novembro.

No final do concerto, os jovens do Coro da Diocese de Roma e os voluntários do Jubileu distribuíram uma refeição e uma pequena lembrança para as pessoas carenciadas. Enio Morricone destacou o desejo de Francisco de que o concerto fosse dedicado aos mais necessitados: «É muito importante que um público não seja o rico, mas um público sem dinheiro que possa assistir e escutar esta música, com este Coral, com esta Orquestra, é algo que gosto muito de fazer».

 Rui Jorge Martins - SNPC