São atualmente «mais de mil» as comunidades e organismos muçulmanos que aderiram à iniciativa "Cristãos na mesquita", lançada pela Comunidade do Mundo Árabe em Itália (Co-mai) e pelo movimento internacional transcultural e interprofissional "Unidos para unir".
Abrir as portas das mesquitas aos cristãos a 11 de setembro, 15.º aniversário dos atentados nos EUA, e no dia 12, quando os muçulmanos festejam o Id al-Adha, a festa do sacrifício: é esta a proposta lançada pela Co-mai para, em conjunto, dizer "não" ao terrorismo. A iniciativa também retribui o convite aos muçulmanos feito pelos cristãos logo após o assassínio do padre Jacques Hamel, ocorrida durante a celebração de uma missa, em França, a que aderiram 23 mil pessoas. «Não será um momento de oração», mas «de reflexão comum para um novo renascimento, sem mais divisões», explica Foad Aodi, que na qualidade de representa em Itália da Aliança das Civilizações, escreveu ao papa, pedindo-lhe apoio à iniciativa.
As mesquitas «abrirão as suas portas do Norte ao Sul de Itália a visitantes cristãos e laicos para enviar uma mensagem de paz e apoiar o diálogo inter-religioso, também como instrumento contra o terrorismo», acrescenta o médico italiano de origem palestiniana. O programa prevê para domingo, 11 de setembro, das 17h00 às 20h00, encontros nas mesquitas com debates e troca de mensagens de paz e de solidariedade para «derrubar o muro dos medos e dos preconceitos». Na segunda-feira é também possível a visita às mesquitas que aderiram à iniciativa. A presidência da Co-mai é composta por representantes das comunidades marroquina, argelina, tunisina, libanesa, egípcia e palestina.
In "L'Osservatore Romano"