quarta-feira, abril 28, 2010

Arranca amanhã a 80.ª edição da Feira do Livro


Arranca amanhã a 80.ª edição da Feira do Livro, a primeira desde a fusão da União de Editores Portugueses e da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros. Este ano, a Feira do Livro de Lisboa integra um programa de eventos e iniciativas regulares

A Feira do Livro de Lisboa arranca já amanhã e pretende, na sua 80.ª edição, tornar-se mais do que um mercado de livros. É então com esta finalidade que a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) apostou, este ano, num programa de eventos culturais regulares e num maior número de espaços lúdicos e iniciativas dirigidas ao público, entre as quais se conta a Hora H, a Happy Hour, que decorrerá de 2.ª a 5.ª-feira, das 22.30 às 23.30, e na qual as obras com mais de 18 meses de preço fixo estarão sujeitas a descontos de 50%.

Para além da Hora H, a Feira do Livro realiza, pela primeira vez, um programa regular de concertos, que terão lugar todos os dias pelas 21.45. O programa de concertos contempla estilos musicais como o jazz, a música clássica, os blues ou a música brasileira, e incluirá actuações do septeto do Hot Club Portugal.

Ainda assim, estas iniciativas são, segundo o director da Feira do Livro de Lisboa, Eduardo Boavida, um "aspecto secundário" face à oferta principal da feira, que são os mais de 70 mil títulos presentes nos 236 pavilhões da feira. No entanto, os concertos e a Happy Hour são dois exemplos de como a APEL, que este ano expandiu o horário da Feira para coincidir com o horário escolar, procura incentivar o público a frequentar a Feira do Livro ao longo de todo o dia, e potenciar o espaço deambulatório do evento, que decorrerá até dia 16 de Maio, das 12.30 às 23.30.

Apesar da nova agenda cultural, os e- -books e a tecnologia de print on demand ainda não estão representados na Feira do Livro. João Espadinha, presidente do Conselho Técnico da APEL, justifica a ausência pela falta de oferta da parte dos editores participantes, provocada pelo elevado investimento financeiro necessário para a implementação destas inovações.

A Feira do Livro cede ainda uma das suas "praças" à Câmara Municipal de Lisboa (CML). Este espaço será dedicado a actividades das bibliotecas e editoras municipais. A CML colaborou também com a APEL na criação do "passaporte infantil", que permite aos visitantes mais jovens participar numa série de iniciativas dirigidas ao público infanto-juvenil.

Este ano, a APEL levará a cabo auditorias diárias às instalações da feira, tendo em vista o cumprimento das regras de participação por parte dos editores presentes. Paulo Teixeira Pinto, presidente da APEL, declarou que "não se trata de policiar a feira, mas sim de evitar que os livreiros policiem os colegas".

Depois de Lisboa, a Feira do Livro arranca no Porto no dia 27 de Maio.