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As mãos seguras no corrimão de prata,
O Tejo azul na frente
Chegas e tapas-me os olhos
Sussurras-me ao ouvido…
- Anda vamos…
Corremos pela avenida e apanhamos o comboio.
Hora de ponta.
Os nosso corpos colados.
E um sorriso falas-me ao ouvido, perto, tão perto que quase sinto o teu coração saltar do peito.
-Para onde vamos ?- Perguntava …
Vendas-me com a tua voz rouca e quente.
Mordo o lábio, o desejo cresce.
A porta não abre, ninguém saí, ninguém entra…
Como que encurralados.
Todos nos olham e nós sorrimos.
-É aqui -disseste!
Saímos a correr como loucos, de mãos dadas
Tiraste-me a venda com um beijo e mostraste-me o teu mundo.
Senti-me assim bem mais perto do céu azul.
Foto e Texto Margarida Louro