sexta-feira, agosto 21, 2009

Ás sextas com a .... Margarida


Como asas

Gosto de fechar os olhos e sentir o vento.
Abrir os braços ao longo do corpo …como asas.
Imóvel como uma estatua
Deixar fluir o reflexo do sorriso na imensidão.
Apenas a linguagem do corpo
Apenas a reacção às forças da natureza…
Sentir o vento percorrer a minha alma.
Como uma carícia, inocente e pura.
Sou novamente criança.
E corro livre pela praia deserta, sorrindo.

Sinto-me cansada e resolvo parar,
o sol caí,
E eu decido assistir ao espectáculo que se proporciona,
O mar…à minha frente canta.
O vestido branco move-se como se tivesse alma…
Os meus pés na areia ainda quente.
As gaivotas vêm em bando para a areia.

Sento-me e fico ali,
Cada imagem gravada na minha memória.
Aos poucos caminho ao encontro da noite que avança devagar.
Uma paz interior.

Os meus olhos sorriem como se uma estrela tivesse acabado de nascer.
Uma melodia única aqui…encontro as minhas asas.
Voou…e sou parte de algo único.
Sem passado, nem futuro…aqui: impera o presente.

Aqui eu sou!