quarta-feira, maio 23, 2007

UE: Portugueses dos maiores defensores da proibição de fumar em locais públicos fechados



Nove em cada 10 portugueses apoiam a proibição de fumar em espaços públicos fechados, com uma clara maioria a defender a que a interdição abranja restaurantes e mesmo bares, revela um estudo divulgado hoje pela Comissão Europeia.

O "Eurobarómetro" sobre a atitude dos europeus face ao tabaco, divulgado hoje por ocasião do segundo aniversário da campanha anti-tabagista "Help", promovida pelo executivo comunitário, revela que o apoio a espaços livres de fumo é generalizado na União Europeia, e em Portugal fica mesmo acima da média comunitária.

De acordo com o estudo, 92 por cento dos portugueses apoiam a proibição de fumar nos escritórios e outros locais de trabalho fechados, e 91 por cento defendem a interdição de fumo em todos os espaços públicos fechados, como metro, aeroportos e lojas (a média comunitária em ambos os casos é de 88 por cento de apoio).

Uma expressiva maioria dos portugueses (84 por cento) também apoia a proibição de fumar em restaurantes (contra 77 por cento da média comunitária), e mesmo no caso que divide mais a opinião pública europeia, a interdição de fumar em bares e "pubs", a medida é apoiada por três quartos dos portugueses (74 por cento), acima da média comunitária (62 por cento).
O estudo demonstra ainda que Portugal é o país da União com uma maior percentagem de pessoas que nunca fumou (64 por cento dos inquiridos, contra 47 da média da UE), mas também aquele onde menos fumadores deixaram o cigarro de lado (12 por cento, tal como Chipre, contra 21 por cento da média comunitária).

Todavia, os fumadores portugueses - um em cada quatro inquiridos (24 por cento, quando na União a média é 32 por cento) - são dos que fumam mais já que a esmagadora maioria (97 por cento) fá-lo todos os dias, e 38 por cento fumam mais de um maço de cigarros por dia (sendo a média comunitária de 26 por cento).

O "Eurobarómetro" foi realizado entre Outubro e Novembro de 2006 junto de 28.584 pessoas, tendo em Portugal sido inquiridas 1.006 pessoas pela TNS Euroteste.

Lusa