quinta-feira, janeiro 04, 2007

"Votar "não" é que é moderno!", diz Matilde Sousa Franco


A deputada do PS marcou presença ao lado de Lobo Xavier e de Aguiar-Branco

"Votar "não" é que é moderno!"
Depois de sucessivos apelos à participação na campanha do referendo pelo "não" à despenalização da interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas, a deputada socialista Matilde Sousa Franco reclamou, ontem, no Porto, na apresentação do Movimento Norte pela Vida, políticas pró-natalidade para combater "a bomba-relógio demográfica que está prestes a explodir", conforme reconheceu a Comisão Europeia.

A deputada pegou, de resto, nas preocupações da CE para dizer que países como "Portugal, Hungria, Chipre, República Checa, Grécia e Eslovénia devem seguir o exemplo da Alemanha, que adoptou já um conjunto de medidas de apoio à maternidade, que entraram em vigor no dia 1 de Janeiro deste ano". "Só com grande apoio à maternidade se pode começar, de imediato, a desactivar esta poderosíssima bomba-relógio demográfica", ou seja, "só assim será possível combater o impacto do declínio e envelhimento da população".

Alegando que o que "está em causa no referendo do próximo dia 11 de Fevereiro é a liberalização do aborto até às 10 semanas e não a despenalização, porque se uma mulher fizer um aborto às dez semanas e um dia é penalizada e eu não quero mulheres nos tribunais, quero ajudá-las", Matilde Sousa Franco garantiu que "em todos os países onde se liberalizou o aborto este aumentou". E deixou exemplos: "No Reino Unido triplicou, na Austrália ficou dez vezes maior e em Espanha, entre 1993 e 2003, verificou-se um aumento de 75,3 por cento".