Relance 299
Dignidade Vida
É muito fácil falar, mais difícil é tentar entender os problemas que muitas mulheres têm (desemprego, doenças, muitos filhos, maridos que são autênticos grunhos e só querem sexo sem se ralarem com as consequências dos seus actos). Todos conhecemos a realidade do país em que vivemos por isso, para quê falar como se vivêssemos no melhor dos mundos?
Se tiver uma aventura extraconjugal e houver um "descuido" até pode ir a Londres e fazer a coisa lá com toda a limpeza. Por favor, chega de hipocrisias! Dirão alguns procurando a linguagem do politicamente correcto: -“Quem está contra o aborto não o faça mas não atire pedras a quem é obrigada (não o faz por gosto ou então seria masoquista) a fazê-lo”!
- Poderíamos pedir para se usar da mesma teoria para quem rouba para comer ou para dar de comer aos filhos e para sobreviver mesmo no mundo da miséria. Seria politicamente correcto?
Todos conhecemos a realidade
Mas mesmo as esposas dos Grunhos (independente e até mesmo com respeito aos valores morais delas) porque não usar de um meio de controlo da natalidade proposto pelo médico da saúde materna que existem na maioria dos Centros de Saúde?
Tomar a pílula, usar um DIU com vigilância, usar o preservativo até por causa das doenças de transmissão sexual, tudo pode estar ao alcance de qualquer mulher. Sem entrar em conta com aspectos éticos ou morais dadas as hipóteses em análise, e as liberdades de opções pessoais pois outras seriam as minhas propostas e considerações.
É de inteira e exclusiva responsabilidade que quem tiver as tais aventura, (extra conjugal, pré-matrimonial ou outra) aí então assuma a responsabilidade é pessoal do acto que realizaram e, como popularmente se diz "quem vai para o mar... que se cuide, para que depois, ao torcerem a orelha ...". Mas que não se assumam inconscientes das consequências de terem feito o que livremente e conscientemente fizeram).
Hipocrisia é atribuir aqui culpas aos outros - que não levaram para a cama, não despiram e não aconselharam a praticar os actos de que tiraram e gozaram o prazer e satisfação sem prevenção.
Quem defende o valor da vida, defende princípios que dignificam os seres humanos e os seus inocentes que sendo humanos mas indefesos são as vítimas da irresponsabilidade da sociedade face aos direitos humanos.
Quem defende a vida não pode senão marcar presença e afirmar que o aborto não pode ser despenalizado nem muito menos descriminalizado desde a concepção até qualquer intervenção que não seja o parto e o nascer para a vida terrena.
Quem defende a vida não pode calar os atentados contra os embriões e os fetos.
Quem defende a vida tem de esperar a educação da sexualidade para o respeito e a saúde materna e infantil com segurança e liberdade.
Quem defende a vida tem de denunciar o negócio do corpo e a exploração de mulheres e de crianças assim como os machismos e marialvismos contra a paternidade responsável.
Que se não atirem pedras 100% de acordo, mas que sejam chamados a assumirem as suas responsabilidades, e depois se orientem e apoiem para não voltarem a situações semelhantes.
Quanto aos Grunhos ou machões que se dê educação para o respeito e a responsabilidade
Nelson Borges