Relance 276
Senhores Políticos ... e agora o que dizem ?
Dois milhões de pobres em Portugal
Números têm vindo a agravar-se nos últimos anos
Em Portugal há pelo menos dois milhões de pobres, mas o número poderá ter aumentado nos últimos anos esta é a conclusão do economista Rogério Roque Amaro, que defende a adopção de uma diversidade de soluções para os diferentes tipos de pobreza.
No IV Congresso da Associação Cais "Economia para Todos" que termina hoje na Fundação Luso-Americana, em Lisboa, Rogério Roque Amaro realçou a "diversidade" da pobreza, que se tem agravado nos últimos anos. De acordo com o economista, actualmente a pobreza atinge com mais incidência os idosos com pensões baixas, os desempregados de longa duração e recorrentes, as famílias monoparentais, as minorias étnicas e os pequenos agricultores.
Além da pobreza, Rogério Roque Amaro referiu-se também à exclusão social em que vivem os idosos em geral, "não só os que possuem pensões baixas", os filhos de pais "viciados" em trabalho, os reclusos, os toxicodependentes, as minorias étnicas e os sem abrigo. Para minorar os problemas da pobreza e exclusão social, o economista defendeu políticas "diferenciadas" consoante o território e os grupos sociais.
Defendeu igualmente uma combinação de políticas sociais e económicas para atacar a pobreza e a exclusão social, bem como a necessidade de "dar tempo ao tempo" lembrando que as políticas não podem mudar conforme o ciclo político. No entender do presidente da Associação Cais, Pedro Pais de Almeida, quanto mais o país se vai desenvolvendo, maior é o fosso entre os pobres e excluídos e a restante população. Apesar de não existirem estatísticas, o presidente da Cais realçou também o aumento da pobreza e da exclusão social, sobretudo na população imigrante.