segunda-feira, março 01, 2004

Relance 114


Não leve a vida tão a sério

“ Eu vejo o que decido e a reajo como prefiro“



Amigo leitor,

Concerteza que ao ler este título poderá pensar que é um texto irreal ou de alguém irresponsável, fora da realidade que não está com os pés bem assentes na terra e não conhece a sociedade onde está inserido.

É verdade, as coisas não estão fáceis e as pessoas cada vez mais nos surpreendem pela negativa com comportamentos egoístas onde o “ter” se sobrepõe quase sempre ao “ser”.

Também sei que a vida não está para brincadeiras e que até dizem que isto está cada vez pior. Mas o que lhe proponho hoje é uma mudança de atitude. Dou o meu exemplo de vida: durante alguns anos, e ainda hoje, há quem não me dê muito crédito ou não me leve muito a sério, por certas posturas e comportamentos que tive e nalguns casos que ainda hoje tenho. E é curioso que eu apercebo-me, e não me preocupo minimamente como isso!

Porquê, poderá perguntar???

Porque um dia decidi na minha vida escolher um caminho: ser Cristão e não levar a vida tão a sério.

Eu explico,

Nas centenas de pessoas que trabalhei e com quem convivi, descobri que a maior parte dos problemas delas estão dentro delas, sempre com a preocupação de levar a vida tão preocupada e infelizmente pela negativa.

Nós somos os principais causadores da maioria das coisas más que nos acontecem, guardamos tudo cá dentro como se fosse um santuário com problemas, preocupações e veneramos tudo isso de uma forma doentia como se fosse um objecto precioso. Estamos sempre com medo de algo que esteja para acontecer, e varia, tanto na saúde ou então numa situação aborrecida que nos tenha acontecido recentemente, ou mesmo nos casos crónicas situações com anos e mais anos, tudo guardado em lugar de honra no santuário que criamos.

Levar a vida muito a sério é viver com a mente fragmentada, o que é mau, pois causa muita instabilidade e destrói o bem interior, não esquecendo que cria sensações desagradáveis e desgastantes, causa falsas impressões de deveres cumpridos e andarmos a enganarmo-nos a nós próprios.

Então o que fazer???

Obviamente que temos tantas coisas que nos acontecem e que nos incomodam tanto..., mas olhe, não lhes dê muita importância. Direcione as suas energias para o que é bom, para o que lhe dá prazer, por exemplo, em espalhar Amor por todos... embora às vezes custe muito, principalmente por aqueles que não nos tratam bem, marque a uma posição... seja diferente.


E é por aqui que temos que ir, temos que seguir um Deus de Amor, que está sempre do nosso lado, e aceitar a religião que promove o conforto, o amparo e o perdão. Recuse sempre os líderes religiosos, sejam eles de que religiões forem, que fomentam na sua doutrina o medo e opressão, e até nalguns casos mesmo, com a intenção para aumentar as contribuições dos seus fiéis.

Obviamente temos que ser responsáveis, mas quem cria a sua própria realidade é você mesmo.

Conheci alguns casos de pessoas bem colocadas na vida, que no entanto deixaram que sentimentos pesados contaminassem o seu espírito e acabassem por arruinar a sua vida. Por outro lado, conheci pessoas bem humildes, bastante felizes, que transformaram as suas mentes, fugindo do autêntico lixo mental que sempre criámos.

Não tenho a mínima dúvida que tudo o que sou hoje em dia o devo à forma com encarei a vida e a relação importante que tenho com o Deus bom em que acredito e que me ama.

Portanto tudo depende de si, se quer levar a vida muito a sério e com preocupações estará a bloquear a porta do seu coração e a fazer que a sua entrada seja complicada. Se abrir o seu coração, tiver humor e acreditar sempre com pensamento positivo, irá ter um resultado totalmente diferente. Tudo depende da forma como usamos a nossa força de vontade.

Nunca esqueça que a felicidade e as frustrações nos acompanham desde o início das nossas vidas, assim teremos que ser nós a escolher o caminho, não levar a vida tão a sério e sermos melhor para os outros e mais de meio caminho andado para ser feliz, eu garanto e confirmo.

Por isso façam o favor de serem felizes!


Cláudio Anaia

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